Depressão Infantil

Crianças também podem apresentar depressão assim como acontece com adolescentes e adultos. Porém, a forma como ela se apresenta nas crianças é bem diferente, apesar de os sintomas a serem investigados sejam os mesmos que aqueles presentes em outras faixas etárias.

As crianças, principalmente em idade pré-escolares, possuem imaturidade emocional onde não definem adequadamente os seus sentimentos e por vezes não conseguem se perceber como tristes ou angustiadas. Ao contrário, é muito frequente que a criança apresente irritação, sensibilidade aos estressores comuns do dia a dia e resistência a realizarem suas obrigações como irem tomar banho ou irem dormir.

O sono fica ruim, assim como o apetite. Elas passam a não querer brincar ou sair de casa e permanecem mais tempo nos eletrônicos. Choram mais facilmente e se entediam.

O sentimento ruim que percebem não é explicado por elas e nem pelos pais e acabam gerando problemas na relação em casa o que se torna um ciclo vicioso, onde a criança se torna mais opositora, reativa e agressiva e os pais por sua vez tentando corrigi-las acabam punindo-as e aumentando ainda mais as sensações ruins percebida pelas crianças.

Os pais devem ficar atentos quando perceberem em seus filhos um aumento importante da irritabilidade, associado a perda de interesses em coisas que as crianças gostavam de fazer, associado ao isolamento, queixas no sono, medo, queixas físicas sem uma explicação adequada e problemas para se alimentar. Não é incomum que as crianças quando deprimem passem a se achar más e que ninguém gosta delas. Esse padrão de mudança precisa ser suficientemente grave e persistente (durar pelo menos mais de duas semanas a maior parte dos dias) e gerar sofrimento e dificuldades para que possamos pensar que se trata de um quadro de depressão infantil.

Às vezes o quadro surge após eventos estressantes, porém a permanência dos sintomas não se justificam pelo evento que o desencadeou.

O diagnóstico deverá ser feito somente após uma avaliação com psiquiatra infantil que irá coletar informações dos pais e professores e avaliar a criança para que se possa planejar o tratamento adequado que envolve orientações, psicoeducação, terapia e em alguns casos o uso de medicações.