A esquizofrenia é um distúrbio psiquiátrico e crônico que faz com que o paciente não consiga fazer a distinção entre o que é real e o que é criado por sua imaginação. A doença provoca sintomas chamados de produtivos, como delírios e alucinações, e sintomas negativos, como redução da afetuosidade e das vontades.
Causas ainda precisam ser esclarecidas
Trata-se de uma doença complexa e com múltiplos elementos envolvidos no seu desenvolvimento. Muitos deles ainda são investigados, mas entre os conhecidos pela psiquiatria estão os fatores ambientais, genéticos e problemas na gestação e no momento do parto.
Situações constantes de estresse também são uma possível causa, desde que associadas a outros fatores de risco. “É importante que a pessoa já apresente os fatores de risco para o desenvolvimento da esquizofrenia, como vivência de violência e abusos, além do uso de substâncias psicoativas como maconha, cocaína ou crack”, afirma o psiquiatra Miguel Angelo Boarati.
Tratamento complexo e duradouro
Por ser uma doença grave e altamente incapacitante, a esquizofrenia exige um tratamento que envolve diversas intervenções, como o uso de medicamentos antipsicóticos e reabilitação funcional da aprendizagem da linguagem. “Profissionais, como terapeutas ocupacionais, terapeutas de família, psicólogos, psiquiatras e fonoaudiólogos deverão fazer parte da equipe multidisciplinar que tratarão o paciente e sua família”, explica Boarati.
De acordo com o psiquiatra, o tratamento deverá ser realizado para o resto da vida, com um processo de reintegração social e ocupacional, controlando os sintomas com medicações e evitando novos episódios de surtos. Situações de estresse, instabilidade e agressões podem favorecer a ocorrência de novas crises e dificultar a adesão ao tratamento.
